Dicas de como montar uma vidraçaria
Apresentação
Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender
Quem não se encanta com um espaço bem estruturado, confortável, e que se traduz em beleza em cada um dos detalhes do projeto, onde os elementos se combinam em cores, iluminação e definição de espaços? O vidro nos últimos anos tornou-se um elemento indispensável para compor esses projetos de forma harmônica e com uma infinidade de variações estéticas. Utilizado para as várias funções na ambientação de casas, escritórios, ou mesmo de lojas comerciais. O negócio de vidraçaria está relacionado à ambientação com conforto, funcionalidade e beleza. A história do vidro inicia-se em 5.000 a.C., por acidente, quando mercadores fenícios fundiram por acaso nitrato de sódio e areia gerando um líquido transparente. Somente por volta de 100 a.C. os romanos iniciaram a indústria do vidro desenvolvendo a técnica de sopro em moldes. Atualmente o vidro é composto basicamente por areia (sílica), calcário, barrilha, alumina e corante, no qual para os vidros comuns a areia representa cerca de 70% do total. De fato, o crescimento do mercado nacional de vidros planos, muitas vezes com taxas superiores ao desenvolvimento do país, além de criar um parque de oportunidades, torna o mercado muito mais competitivo. Isto faz com que as vidraçarias tenham que se profissionalizar para poder enfrentar a concorrência e ofertar ao seu público produtos e serviços com maior valor agregado. Nesta Ideia de Negócio estarão descritos os principais aspectos necessários para o empreendedor montar uma vidraçaria, ou seja, um estabelecimento onde se corta e comercializa vidros, espelhos, cristais, peças de arte feitas em vidro e etc. Dependendo do interesse do empreendedor, também podem ser realizados trabalhos específicos de jateamento, laminação e pintura. Esse segmento permite uma linha com grande variedade de produtos, que abrange desde o vidro de utilização mais comum, até vidros especiais, como é o caso dos vidros blindados. O mercado pode ser divido em pessoa física e pessoa jurídica. No mercado de pessoa física encontra-se uma variedade muito ampla de segmentos que podem ser atendidos, desde a pessoa física proprietária de imóvel que está em fase de construção ou manutenção, até os que envolvem projetos especiais. No segmento de pessoa jurídica pode-se considerar as construtoras, que adquirem produtos em grande quantidade, além de condomínios habitacionais, lojas comerciais, fábricas, empresas de arquitetura e ambientação, empresas públicas, autarquias e outros segmentos.
Este documento não substitui um plano de negócio. Para elaborá-lo procure o Sebrae.
Mercado
Em 2006, segundo dados do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a capacidade instalada da indústria do vidro no Brasil era de 3,1 milhões de toneladas, sendo que vidro plano, vidro para embalagem e vidro para uso doméstico representaram 90% desse total. A maior demanda por produtos de vidro é dada pelo setor de construção civil (em sua maioria, vidro temperado), seguido das indústrias automobilística (basicamente, vidro laminado), moveleira/decoração e de eletrodomésticos. A expansão atual do mercado de vidraçarias se deve, principalmente, ao aumento do poder aquisitivo, impulsionado pelas facilidades que as novas políticas de crédito vêm proporcionando, e também ao crescimento do setor da construção civil no Brasil, que possibilita a realização de investimentos maiores em novas construções e reformas. Em conseqüência do aquecimento das vendas do setor imobiliário, cresce paralelamente o mercado de decoração que, aliado aos avanços tecnológicos, transformaram o vidro em elemento de diferenciação e inovação para os artigos de construção e acabamento. Devido a características como estética, qualidade, design, transparência, resistência, variedade de cores, leveza, segurança, a cada dia surgem novas formas e possibilidades de uso para este material, nos mais variados tipos de projetos comerciais e residenciais. O principal mercado das empresas de vidraçaria é, geralmente, o de pequenas obras e reformas, uma vez que em obras de maior porte, as compras tendem a ser realizadas diretamente nas grandes fábricas. Ou seja, para uma pequena vidraçaria, predomina a maior quantidade e variedade de pedidos com menores valores. Como exemplo de serviços prestados de grande quantidade e menor valor estão os cortes de vidro comum para quadros e preparação de espelhos. É importante ressaltar que, nesse setor, muitos negócios são fechados por meio do contato direto com arquitetos, fabricantes de móveis, engenheiros, decoradores e profissionais do ramo da construção civil e vidreiro. Razão pela qual é fundamental manter um contato muito próximo com esses profissionais. De fato, na indústria da decoração e da engenharia, a utilização dos vidros se destaca por representar alternativas simples e práticas, com grande vantagem para fornecer soluções estéticas de maneira eficaz. No entanto, é importante ressaltar que, no Brasil, o padrão de consumo de produtos de vidro é segmentado por região, independente das condições econômicas de cada localidade. Segundo dados do BNDES, os fabricantes do setor estimam taxas de crescimento anuais em torno de 8%, acompanhando o crescimento previsto da construção civil e da economia como um todo. A indústria de vidro deve se beneficiar também do crescimento de novos mercados que vêm aumentando a utilização dos componentes de vidro em seus produtos, como é o caso dos setores moveleiro e de eletrodomésticos. O mercado consumidor das vidraçarias está se tornando cada vez mais exigente em termos de concorrência, qualidade e garantia dos produtos oferecidos. Por isso os empreendedores precisam se planejar e buscar a melhoria contínua dos materiais utilizados, bem como dos métodos de instalação e montagem de vidraçarias. Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho o segmento de comércio denominado outros serviços especializados para construção alcançou em janeiro de 2011 um estoque de 161.556 empregos formais, representando uma evolução de 45,61%, relativo a janeiro de 2007. Em meio a toda essa evolução do setor, o cenário indica que os próximos anos serão de crescimento, ampliando cada vez mais as oportunidades para o empreendedor que desejar estabelecer-se com o negócio de vidraçaria.
Localização
A localização de uma vidraçaria é fator muito importante para o negócio e deve estar alinhada com a estratégia, de acordo com o perfil da clientela. Uma boa localização é aquela que favorece o acesso das pessoas, com o menor grau possível de dificuldade. Uma vidraçaria deverá estar instalada próximo ao local de residência do público-alvo, ou em locais de grande freqüência de público como em Shopping ou outros locais de grande fluxo de pessoas, que favoreça o estacionamento de veículos e possua boas condições ambientais para uma permanência agradável da clientela. É aconselhável, também, que o local escolhido esteja nas regiões onde há previsão de construções de residências, novos loteamentos, grandes áreas comerciais, ou ainda nas proximidades de empresas de construção e arquitetura. É importante verificar ainda, a proximidade com residências, pois o ruído gerado na produção das vidraçarias pode gerar incômodo aos vizinhos. O local escolhido deve fornecer toda a infra-estrutura necessária para atender às necessidades de operação que uma vidraçaria exige, como espaço adequado para armazenar os vidros, perfis de alumínio e insumos com segurança, facilidade de acesso, existência de transporte coletivo para que clientes e funcionários possam se deslocar, estacionamento, e ainda possibilitar possíveis expansões do negócio. O local deve permitir, com facilidade, o acesso de caminhões para carga e descarga dos produtos, facilitando o recebimento das mercadorias adquiridas e o escoamento dos produtos vendidos. Deve ser observado ainda se as atividades a serem desenvolvidas no local respeitam o plano diretor e a lei de zoneamento do município. A localização é um componente fundamental do composto mercadológico e pode definir o sucesso ou fracasso do empreendimento, razão pela qual, merece atenção especial na sua definição.
Exigências Legais e Específicas
É necessário contratar um contador profissional para legalizar a empresa nos seguintes órgãos: – Junta Comercial; – Secretaria da Receita Federal (CNPJ); – Secretaria Estadual de Fazenda; – Prefeitura Municipal, para obter o alvará de funcionamento; – Enquadramento na Entidade Sindical Patronal em que a empresa se enquadra (é obrigatório o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal por ocasião da constituição da empresa e até o dia 31 de janeiro de cada ano); – Caixa Econômica Federal, para cadastramento no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”; – Corpo de Bombeiros Militar. O SEBRAE local poderá ser consultado para orientação.
Estrutura
A estrutura de uma vidraçaria é bastante simples, composta basicamente por uma área de atendimento com showroom, área para corte e processamento dos pedidos, uma área para depósito, além de um pequeno escritório para administração. A área de atendimento e showroom deve possibilitar a exposição dos diversos tipos de vidros ofertados e proporcionar bem-estar ao cliente. O escritório da administração pode ser pequeno, bastando um espaço que seja suficiente para a realização das atividades básicas de relacionamento com fornecedores, registros e controles sobre o negócio.
Pessoal
A quantidade de profissionais está relacionada ao porte do empreendimento. Para uma vidraçaria de pequeno porte, que comercialize e preste serviço de colocação de vidros, pode-se começar com oito empregados, distribuídos da seguinte forma: – 01 técnico; – 02 montadores; – 01 auxiliar de montagem; – 01 auxiliar de limpeza; – 01 auxiliar administrativo; – 02 atendentes. As contratações dos colaboradores e o treinamento para atendimento de qualidade devem ser orientados pelas competências descritas a seguir: – Técnico: Esse profissional deve possuir conhecimento sobre projetos de ambientação, além de ser profundo conhecedor das diversas soluções que podem ser implementadas, a partir da variedade da linha de produtos ofertados. Deverá ainda ter noções de configuração espacial, saber realizar cálculos, coletar medidas, preparar orçamentos, ser organizado, comunicativo e compromissado com a satisfação do cliente. – Atendente: Deve ser um profissional-chave na empresa, pois a ele caberá o primeiro contato com os clientes para levantamento das necessidades e identificação do serviço a ser realizado, registrando a demanda do cliente e enviando um técnico para fazer o levantamento in loco, que subsidiará a elaboração do orçamento e proposta. Esse profissional deve ter facilidade de comunicação, boa postura pessoal, ser capaz de dispensar atendimento de excelência ao cliente, gerar confiança e conduzir o processo de venda. – Auxiliar de limpeza: Deve saber manusear equipamentos de limpeza, ter noção da importância da higiene e limpeza no relacionamento com a clientela, além de demonstrar interesse e comprometimento com a qualidade dos serviços prestados. – Montador: Deve ter experiência em manuseio de vidros e equipamentos para corte e preparo para montagem e/ou instalação. Deve aplicar os princípios de segurança no trabalho, evitando acidentes e proporcionando um serviço de qualidade. Deve ser organizado, responsável e comprometido com a satisfação do cliente, cumprindo prazos e dispensando um tratamento respeitoso e cordial. – Auxiliar de montagem: Deve saber preparar e organizar os diversos insumos que serão utilizados no processamento das peças de vidro, manusear ferramentas e equipamentos e saber realizar os pequenos serviços de cortes de vidro comum e espelhos. Deve ser organizado, ter iniciativa, conhecimento das características de cada produto utilizado e sua funcionalidade. – Auxiliar administrativo: Deve ser capaz de realizar as atividades básicas relacionadas a registros sobre o relacionamento com clientes, fornecedores, colaboradores, controles financeiros e bancários, operando sistemas tecnológicos apropriados para esse fim, além de demonstrar habilidade de relacionamento interpessoal e comprometimento com a qualidade dos serviços prestados pela empresa. A apresentação pessoal dos empregados da loja também é fator de grande importância nesse negócio, sendo aconselhável o uso de uniforme e fardamento adequado aos colaboradores, de acordo com as características de cada setor. É necessário cuidado especial com o manejo dos vidros, porque é uma atividade de alta periculosidade. Investir constantemente no aperfeiçoamento dos colaboradores através de cursos, palestras, workshops que são oferecidos no mercado, ou em atividades de desenvolvimento realizadas na própria empresa, deve ser preocupação permanente do empreendedor. O empresário deverá participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do setor. Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências desagradáveis.
Equipamentos
São necessários os seguintes móveis e equipamentos: Mobiliário para a área administrativa – Cadeiras 4 – R$ 400,00; – Estante/armário 1 – R$ 1.350,00; – Impressora 1 – R$ 300,00; – Mesas 2 – R$ 700,00; – Microcomputador completo 2 – R$ 2.400,00; – Telefone 2 – R$ 100,00; Total mobiliário: R$ 5.250,00. Equipamentos e móveis para a área de atendimento e processamento: – Computadores 2 – R$ 2.400,00; – Impressora de cupom fiscal 2 – R$ 1.580,00; – Gaveteiro para guardar numerário 2 – R$ 460,00; – Balcão de atendimento 1 – R$ 7.200,00; – Cadeiras 8 – R$ 800,00; – Mesa de madeira para corte 2 – R$ 1.800,00; – Furadeira elétrica de impacto 2 – R$ 930,00; – Brocas diamantadas – R$ 300,00; – Canetas de corte (vídia) 3 – R$ 360,00; – Equipamentos para instalação – R$ 1.000,00; – Furadeira para vidro 1 – R$ 700,00; – Furadeira para vidro duplo 1 – R$ 900,00; – Lixadeira para vidro 1 – R$ 600,00; – Instrumentos de medição – R$ 200,00; – Mesa de apoio forrada com carpet (2m x 3m) – R$ 1.300,00; – Equipamentos de proteção individual (botas, capacetes, luvas, máscaras respiratórias, óculos, protetor auricular, etc.) – R$ 1.340,00; – Estante/armário 5 – R$ 1.750,00; – Veículo utilitário de pequeno porte – a critério 1 – R$ 30.000,00; Total dos equipamentos: R$ 53.620,00.
Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa
A matéria prima utilizada numa vidraçaria é representada pelos diversos tipos de vidros, fechaduras, dobradiças, laminados, molduras, outros insumos utilizados nas montagens de produtos e/ou nas instalações, além dos demais produtos que o empreendedor decidir ofertar na loja. A quantidade de tipos de vidros disponível do mercado é elevada, como por exemplo: vidro comum, temperado, impresso, refletivo, laminado, aramado, termo-acústico, duplo com cristal líquido, etc. A vidraçaria descrita nesse material foi estruturada para trabalhar com vidro comum e temperado, bem como espelhos planos. Cabe ressaltar que a oferta de corte de espelhos não é o foco do negócio, mas serve para completar o mix de produtos. O vidro comum, geralmente, é comprado em chapas. Sendo que, nas indústrias brasileiras, é produzido em chapas de diversos tamanhos e espessuras, as quais são entregues às vidraçarias para serem cortadas conforme a necessidade do cliente. Em relação ao vidro temperado, o processo é diferente, pois todos os trabalhos de corte, furação, lapidação e têmpera são realizados nas chamadas têmperas. Ou seja, o vidraceiro envia o projeto para estas empresas de têmpera, para serem confeccionados conforme a necessidade do cliente, e posteriormente entregues novamente na vidraçaria para serem instalados. Como o vidro representa a maior parte do custo, deve-se evitar o desperdício de matéria- prima ao realizar o corte das chapas e outros insumos usados durante o processo produtivo, pois este aspecto pode ser a diferença entre o lucro ou o prejuízo. Também deve haver um cuidado especial com os insumos utilizados para colocação e fixação dos vidros, como por exemplo, perfis de alumínio, dobradiças, molas para portas de vidro temperado, silicone para vedação, buchas e parafusos. Para a definição dos produtos a serem oferecidos o empresário deverá pesquisar junto a profissionais do ramo, ouvir potenciais clientes, observar a concorrência e decidir por um mix que poderá sofrer ajustes e mudanças no decorrer do tempo.
Organização do Processo Produtivo
Os processos produtivos de uma vidraçaria são constituídos de: Compra de matéria-prima – É responsável pela pesquisa de fornecedores que comercializam por atacado os itens que serão utilizados na vidraçaria. É fundamental realizar periodicamente pesquisa de interesse do cliente para disponibilizar vidros e outros produtos de acordo com as tendências. Essas pesquisas orientam o processo de compra.
Atendimento ao cliente – ocorre na empresa, por telefone, por e-mail, por preenchimento de ficha no site e pode ocorrer no próprio local do serviço. A visita ao showroom pode ocorrer após a visita técnica, quando o cliente ainda não tem muito bem definido o modelo do projeto quanto às variações da solução desejada, ou quando deseja visualizar outras possibilidades para o projeto. Após o primeiro contato o atendente agenda com o cliente a visita do técnico para conhecimento do projeto ou do serviço, dando início ao orçamento e proposta. A maioria dos contatos à vidraçaria ocorre por telefone e por essa razão é recomendável que os atendentes tenham um bom preparo para iniciar um bom relacionamento, logo no primeiro contato. Atendimentos na loja devem ser realizados com presteza, segurança e rapidez. Todos os atendimentos devem estar focados na satisfação do cliente.
Visita técnica – tem a função de conhecer a necessidade do cliente, entender o que ele deseja, orientar e fornecer informações complementares, coletar as dimensões da(s) peça(s) de vidro que serão utilizadas, discutir a melhor solução para o projeto e apresentar proposta e orçamento com os custos efetivos, prazos de realização do serviço e a forma de pagamento. Realização do serviço – após a aprovação da proposta o serviço será realizado, demandando o corte dos vidros e a preparação dos demais produtos e insumos a serem utilizados no projeto, sendo essa uma etapa crucial para o sucesso do empreendimento. Existem situações em que a matéria prima ainda precisa ser adquirida e a têmpera do vidro confeccionada. Depois de prontas, a empresa agenda a visita dos montadores para a montagem e instalação do projeto no local desejado pelo cliente, quando então as peças de vidro produzidas são levadas ao cliente no local onde são montadas e instaladas. Como se trata de um material frágil, o transporte dos vidros deve ser feito por meio de um veículo adequado, que possa acomodar o material com a devida fixação e o mínimo de vibração possível. Esta é uma etapa que exige bastante atenção, para que seja evitada a devolução de mercadorias em função de falhas de comunicação ocorridas durante a negociação. Para os pequenos serviços de corte de vidro comum e espelhos, o processo é mais simples e realizado na presença do cliente. É importante ressaltar que um projeto bem feito ajuda a diminuir os desperdícios de matéria-prima e, conseqüentemente, os custos de produção com compras realizadas fora do orçamento. Estoque – Será necessário manter um nível de estoque para garantir o fluxo de atendimento. O empreendedor deverá tomar cuidado para não manter níveis exagerados de estoque. O acondicionamento dos produtos deverá ser feito de forma adequada para evitar perdas, uma vez que os vidros oferecem altos riscos de quebras. Pós-venda – Acompanhamento e assistência após a realização do serviço, enviando comunicações de interesse do cliente e mantendo o relacionamento com o objetivo de realizar outros serviços, por conta da fidelização. Administração – Destina-se às atividades de relacionamento com fornecedores, controle de contas a pagar, atividades de recursos humanos, controle financeiro e de contas bancárias, acompanhamento do desempenho do negócio e outras que o empreendedor julgar necessárias para o bom andamento do empreendimento. Ao longo de todo o processo, o empresário deve estar sempre atento na compra de materiais de acordo com a sazonalidade da demanda, estocagem de maneira adequada e na quantidade correta, vendas direcionadas e nos controles financeiros para o correto dimensionamento dos recursos investidos. É importante salientar que, para evitar que pessoas transitem ao longo da área de produção de forma desorganizada e que produtos sejam transportados desordenadamente, aumentando o risco de acidentes e o tempo de produção, o arranjo físico dos equipamentos deve ser adequado de maneira a seguir a orientação do fluxo produtivo.
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